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Doar óvulos significa dar a oportunidade a pessoas que desejam ter filhos de realizar seu projeto de formação familiar. É um gesto que implica uma reflexão profunda sobre o que a motiva a doar, assim como sobre os sentimentos despertados por essa doação, pensando no momento presente, mas também olhando para o futuro.
É por isso que a primeira etapa do processo de doação de óvulos no Fertilitat inicia com uma consulta com a psicóloga da clínica. Após este primeiro momento, é que se iniciam as avaliações médica e genética acerca da possibilidade de doar.
Quem pode doar óvulos?
Mulheres entre 18 e 35 anos com:
– histórico negativo de doenças geneticamente transmissíveis;
– rastreamento negativo para doenças infecciosas;
– boas condições de saúde geral;
– aptas psicologicamente.
O que é preciso para ser doadora?
Para ser doadora é fundamental compreender completamente o processo, estar segura acerca das motivações e implicações deste gesto e estar em acordo com a voluntariedade do mesmo. É, igualmente importante, identificar-se com o desejo de auxiliar pessoas que buscam à maternidade/paternidade.
Como posso ser doadora?
1. Participando do Programa de Ovodoação Compartilhada
O Programa de Doação Compartilhada de Óvulos compreende uma parceria voluntária entre duas mulheres que necessitam dos recursos da Fertilização Assistida para realizarem o desejo de maternidade. Uma, com indicação para receber óvulos doados em virtude do já exposto acima, e outra com indicação de FIV, que deseja auxiliar outro casal em seu projeto parental, e que pode necessitar de auxílio econômico para dar continuidade ao procedimento. É um programa de doação recíproca onde o que une essas mulheres é a tentativa de realização do sonho da maternidade.
Tanto a decisão de doar óvulos quanto a de recebê-los constitui um processo delicado e que necessita que os participantes possam, além de conhecer todos os aspectos envolvidos, refletir sobre a escolha que farão. Pensando em oportunizar uma tomada de decisão consciente, como parte do programa, o Fertilitat oferece um espaço de escuta e reflexão conduzido pela psicóloga da equipe tanto à doadora quanto à receptora.
O Programa de Doação Compartilhada de Óvulos – Fertilitat tem como preceitos fundamentais a ética e o respeito ao ser humano, proporcionando a todos os envolvidos cuidadosa atenção médica e psicológica.
2. Doando óvulos previamente congelados
Mulheres que realizaram procedimento de Fertilização in Vitro e que congelaram os óvulos excedentes, ou que fizeram procedimento para congelamento de óvulos e não mais pretendem utilizá-los, podem doá-los de forma voluntária e altruísta, desde que preencham os critérios exigidos.
3. Doando óvulos excedentes de Fertilização in Vitro
Mulheres que realizam procedimento de Fertilização in Vitro e que decidem não inseminar todos os óvulos obtidos podem doar os óvulos excedentes, de forma voluntária e altruísta, desde que preencham os critérios exigidos.
4. Doando óvulos sem participar de programa de reprodução assistida
A partir da resolução 2168/2017 do CFM é permitida a doação voluntária de óvulos, ou seja, qualquer mulher que preencha os critérios exigidos para doação de óvulos pode fazê-lo, mesmo sem necessidade própria de realizar tratamento reprodutivo.
Etapas do processo para doar óvulos:
1 – Consulta informativa – Esta primeira consulta é realizada pela psicóloga coordenadora do Programa de Doação de Óvulos para que lhes seja explicado o passo a passo de todo o processo e lhes seja dada a oportunidade de refletir sobre as implicações sociais e psicológicas concernentes.
2 – Questionário médico – Preenchimento de um questionário para screening da história médica e familiar e do perfil fenotípico (características físicas).
3 – Questionário psico-social – Preenchimento de um questionário psico-social, o qual tem por objetivo apresentar questões que visam estimular a reflexão, assim como conhecer as características emocionais e história pessoal e familiar. Este questionário permite aproximar a doadora dos aspectos emocionais e subjetivos envolvidos no processo.
4 – Consulta médica – Com orientações sobre o procedimento médico e suas implicações, bem como avaliação ginecológica e solicitação de exames para avaliar a reserva ovariana e as condições gerais de saúde, no caso de doação compartilhada.
5 – Entrevista psicológica – Consiste em um espaço de escuta e reflexão sobre os aspectos emocionais implicados no gesto de doar. Nesta oportunidade, são avaliados os recursos emocionais das pessoas envolvidas para lidar com esse processo, bem como é colhida a história familiar.
6 – Consulta com Geneticista – Avaliação do histórico de saúde familiar e do resultado do exame de cariótipo, no caso de doação compartilhada.
7 – Assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – Tendo preenchido todos os critérios para participar do Programa de Ovodoação e após ter tido a oportunidade de esclarecer todas as dúvidas, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido deverá ser assinado.
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