Meus exames de Tireoide estão alterados. Isso pode afetar a minha fertilidade?
Postado por Clinica Fertilitat no dia 06/09/2021

A tireoide ou tiroide é uma das maiores glândulas do corpo humano. Ela age em órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins. E acima de tudo, tem impacto direto em uma inúmeras ações, como no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes; na regulação dos ciclos menstruais; no peso; na memória; na concentração; no humor; e no controle emocional.
Ou seja, seu perfeito funcionamento garante o equilíbrio do organismo. Quando isso não ocorre, pode liberar hormônios em excesso o que chamamos de hipertireoidismo, ou em quantidade insuficiente, hipotireoidismo.
E quando falamos em equilíbrio do corpo humano, fertilidade tem tudo a ver, não é mesmo?
Tanto o hipertireoidismo quanto o hipotireoidismo podem afetar a fertilidade e, se não tratados de forma adequada, podem se associar a complicações da gestação e, até mesmo, a problemas para o feto.
Como são condições diferentes, hipertireoidismo e hipotireoidismo afetam a fertilidade feminina de forma distinta. De qualquer forma, há uma interação muito importante entre os hormônios tireoidianos e os ovários.
Como essas disfunções afetam a fertilidade?
Em ambas as situações pode ocorrer problemas na ovulação e abortamento e, no caso do hipertiroidismo, até mesmo problemas no feto.
É possível engravidar portando uma das duas condições?
Sim, é possível. Contudo, a indicação é realizar o tratamento adequado antes de iniciar as tentativas de gravidez. Sobretudo, devido aos medicamentos que deverão ser utilizados durante o tratamento. Ocorrendo a normalização da função tireoidiana, não haverá problemas para engravidar.
Um dos muitos mitos que mais se vê na internet sobre o assunto traz os benefícios da ingestão de iodo, antes e durante a gestação. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia alerta aos riscos e contraindica. Segundo a entidade, a indicação de suplementação deve ser individualmente avaliada, levando em conta alimentação e outros fatores.
FONTE:
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional São Paulo