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Parentalidade, famílias e a construção do amanhã

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Parentalidade, famílias e a construção do amanhã


Débora Farinati e Daniela Bratz, psicanalistas do Fertilitat

A forma como as famílias se constituem e o lugar que os filhos ocupam em sua dinâmica são indiscutivelmente ligados à época e à cultura em que vivemos. Diante das revoluções neste campo e da necessidade de que o cuidado com as crianças deixe de ser prioritariamente exercido pela mulher, precisamos refletir sobre a parentalidade e sobre a nossa responsabilidade com as próximas gerações.

Em seu mais recente livro, “Manifesto Antimaternalista”, a psicanalista Vera Iaconelli discute a necessidade das comunidades humanas se incumbirem das próximas gerações. A vulnerabilidade em que as crianças se encontram atualmente, nos aponta que é preciso revisar a forma como as funções parentais vêm sendo exercidas.

O Manifesto de Iaconelli questiona os estereótipos e expectativas associados à maternidade. Ele desafia frontalmente a ideia de que as mães devem ser as principais responsáveis ??pelos cuidados infantis. Redesenhar a parentalidade no futuro implica reestruturar a maneira como a sociedade enxerga e valoriza o cuidado e a responsabilidade parental.

O modelo em que a mulher é a principal responsável pelo cuidado faliu. O alto grau de padecimento psíquico das mulheres prova que esta dinâmica não se sustenta mais. A mulher saiu para ocupar seu lugar na cena pública, mas dela se exige que seja a principal responsável pelo cuidado das crianças. Nas últimas décadas, os homens começaram a ocupar seu lugar no espaço privado e no cuidado com as crianças, contudo, há muito a se evoluir. Os estereótipos de gênero e a falta de apoio social ainda exercem influência e obstaculizam a participação ativa dos pais na criação dos filhos.

O que podemos ver na atualidade são pais (homens e mulheres), por vezes, angustiados, desgastados, perdidos no exercício de suas funções, tentando cumprir o ideal social que lhes é exigido. Por consequência, as crianças também estão em situação de vulnerabilidade emocional em um ciclo que gera efeitos negativos em toda a sociedade.

As constituições familiares são plurais, assim como são plurais as formas de concepção de uma criança. Porém, não são elas que vão determinar a saúde ou o padecimento psíquico de uma pessoa. As relações de amor, sempre incompletas e imperfeitas, e a qualidade dos vínculos estabelecidos é que darão solidez à base afetiva sobre a qual o sujeito emerge, e elas devem ser exercidas de forma equitativa por aqueles que ocupam as funções parentais.

Desta forma, é importante continuarmos vislumbrando uma divisão de cuidado para que mães e pais possam compartilhar as responsabilidades parentais de forma distributiva e proporcionar o desenvolvimento adequado para as nossas crianças.

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