Reprodução assistida ajuda a construir novos modelos de família
Postado por admin no dia 06/02/2024
Tão antiga quanto a própria existência humana, a família é o primeiro vínculo que a pessoa institui na vida com o mundo. E ao longo da história, os conceitos familiares passaram por muitas mudanças. Mais além do tradicional modelo de pai, mãe e filhos, hoje a família é definida como um grupo de pessoas ligadas pelo afeto e acolhimento, resultando em arranjos monoparentais, pluriparentais, homoparentais, transparentais, entre outros.
No caso da população LGBTQIAPN+, esse é um grupo que tem conquistado uma série de direitos nas últimas décadas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2,9 milhões de adultos se declararam homo ou bissexuais em 2019. Em dez anos de permissão, os casamentos homoafetivos quadruplicaram no país, somando mais de 76 mil uniões até abril de 2023.
O sonho de ter filhos tem fomentado as adoções entre essa população — o número mais que dobrou nos últimos quatro anos. Mas a reprodução assistida também é uma importante aliada para a diversidade familiar: recentemente, o Conselho Federal de Medicina lançou novas diretrizes que reforçam os direitos reprodutivos dos LGBTQIAPN+.
A resolução 2320/2022 permite o uso das técnicas de reprodução assistida para homossexuais e transgêneros, autoriza o uso de técnicas como inseminação artificial e fertilização in vitro, seja qual for o estado civil ou orientação sexual, permite a cessão temporária do útero para casais homoafetivos e proíbe qualquer tipo de distinção ou preconceito.
“O Fertilitat reconhece, inclui e dá visibilidade a histórias que são frequentemente negligenciadas. Ao acolher esses indivíduos e garantir o acesso às melhores condições éticas e tecnológicas para obter a gestação, inspiramos e validamos todas as formas de viver a parentalidade, seja qual for a composição”, destaca a ginecologista Adriana Arent, do Fertilitat.
“Todas as famílias devem ser respeitadas em sua plenitude. Promover o acesso à reprodução a todos indivíduos, em especial aos LGBTQIAPN+, é encorajar uma mudança sociocultural que valoriza e celebra a diversidade familiar”, complementa Ariane Kira, ginecologista da clínica.
Confira aqui um guia que responde as dúvidas mais comuns sobre como a reprodução assistida pode ajudar famílias solo ou homoafetivas.